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Qual é a importância do PROX PSA para a prevenção ao câncer de próstata?

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Guia completo de prevenção ao câncer de próstata


O mês de novembro é muito representado pelo uso da cor azul. E, assim como todos os outros meses do ano, que também ficam coloridos como forma de conscientizaçãode determinadas doenças, a tonalidade azul não é utilizada neste mês por mero acaso. Neste período, os olhos do mundo se voltam para a saúde do homem e para a prevenção e o diagnóstico precoce da segunda doença que mais acomete a população masculina atualmente: o câncer de próstata.

Só em 2021, 16.055 brasileiros foram vítimas da doença. Esse número corresponde a cerca de 44 mortes por dia, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), sete homens recebem o diagnóstico de câncer de próstata por hora. No total, são 68 mil novos casos por ano.

E é justamente para reverter este cenário que a campanha Novembro Azul foi criada em 2011. Passados 11 anos, em 2022, ela traz o tema “saúde também é papo de homem”, incentivando o debate em torno de um tema ainda considerado tabu por muitos homens.

Afinal, ainda que seja uma doença considerada comum, há quem ainda prefira não falar sobre o assunto, seja por desconhecimento, seja por medo.

Por isso, neste artigo vamos trazer um guia completo sobre a doença, seus sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento. Confira!

O que é o câncer de próstata e quando procurar um médico?


A próstata é uma glândula que só o homem possui, pois faz parte de seu sistema reprodutor e serve para produzir parte do sêmen (esperma), que nutre e protege os espermatozoides. Ela está localizada logo abaixo da bexiga, tem formato parecido ao de uma castanha e pesa apenas 20 gramas. Mas não se engane com essa aparente insignificância: ela tem um grande impacto na vida e na saúde masculina.

O câncer se desenvolve quando células da próstata se multiplicam de forma desordenada e anormal, formando um tumor. Esse processo, no entanto, é lento e os sintomas costumam demorar consideravelmente para aparecer. A maioria dos tumores progride lentamente ao longo de anos e décadas e muitos homens convivem com eles durante toda a vida sem encontrar qualquer sinal. Assim, quando os primeiros sintomas começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, o que dificulta ainda mais a cura.

Esses sinais, no caso, são:

  • dor óssea;

  • dores e dificuldade de urinar;

  • vontade de urinar com frequência;

  • diminuição do jato de urina;

  • presença de sangue na urina e no sêmen.


Por se tratar de uma doença silenciosa, os exames periódicos de rotina (os famosos check-ups) são a forma mais adequada de detectar o câncer de próstata de forma precoce.

Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?


Ainda hoje, os médicos e pesquisadores não sabem, com exatidão, o que causa o câncer de próstata. Mas há quem acredite que mutações no código genético das células podem fazer com que elas não se desenvolvam normalmente.

Além disso, alguns fatores de risco podem aumentar as chances de um homem se tornar vulnerável ao desenvolvimento deste tipo de câncer. Por exemplo:

1: Idade


Um dos principais fatores de risco para o câncer de próstata é a idade, uma vez que o envelhecimento e as mudanças que o organismo enfrenta durante esse período podem causar mutações que levam à reprodução desordenada de células.

Assim, estima-se que 60% dos diagnósticos estejam em homens com mais de 65 anos. No entanto, os cuidados e os exames de rotina devem começar bem antes disso.

Aos 50 anos, as chances de desenvolver a doença costumam aumentar significativamente. Antes dos 40, no entanto, a doença é extremamente rara. Por isso, a recomendação dos médicos é que seja realizado check-up com mais frequência já a partir dos 45 anos, especialmente para aqueles homens que têm histórico de câncer na família.

2: Raça e etnia


Também já se verificou que o câncer de próstata é mais frequente em homens negros e com ascendência africana e caribenha, também mais propensos a desenvolver tumores mais agressivos. Estima-se que o risco seja de duas a três vezes maior, quando comparado aos homens asiáticos e latinos.

A medicina, no entanto, ainda não consegue explicar com clareza as razões para isso acontecer. No entanto, acredita-se que as diferenças de estilo de vida podem influenciar nessa questão.

3: Genética e histórico familiar


Outro fator que aumenta as chances de um homem desenvolver câncer de próstata – e que, portanto, funciona como uma importante medida de vigilância – é o histórico familiar.

Aqueles que têm um parente de primeiro grau (pai ou irmão) acometido pela doença têm risco duplicado de também ter o tumor. Já dois familiares com esse mesmo parentesco aumentam ainda mais esse risco: a probabilidade se torna cinco vezes maior.

No entanto, é importante informar que nem todo mundo que possui histórico familiar de câncer de próstata na família poderá vir a ter necessariamente a doença.

4: Exposição a tóxicos industriais


O ambiente de trabalho também pode se tornar um fator de risco que leva ao desenvolvimento do câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a exposição recorrente a alguns elementos tóxicos usados em indústrias pode representar de 2% a 4% dos casos de câncer.

No caso de tumores localizados na próstata, são eles:

  • arsênio e seus compostos, usados como conservantes e como agrotóxicos;

  • cádmio e seus compostos;

  • radiação presente em raios-X e gama;

  • aminas aromáticas, comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio;

  • produtos derivados de petróleo;

  • motor de escape de veículo;

  • hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA);

  • fuligem.


5: Hábitos de vida


Ainda há muitos estudos inconclusivos a respeito da relação entre o desenvolvimento de câncer de próstata e alguns hábitos de vida. No entanto, algumas pesquisas já apontam pequenas evidências.

A alimentação é uma delas. Estima-se que o consumo de grandes quantidades de gordura, leite e carne vermelha possa estar ligeiramente associado a uma predisposição maior para a doença. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos, cereais, vitaminas (A, D e E) e minerais (como o selênio) estaria relacionada a um efeito de proteção ao organismo e, mais diretamente, também ao câncer de próstata.

Assim, embora ainda não seja possível afirmar que a boa alimentação é um fator decisivo no desenvolvimento do câncer de próstata, adotar uma dieta mais saudável ajuda não só a diminuir os riscos de câncer como também de outras doenças crônicas. E é por isso que muitos médicos já recomendam uma boa alimentação como medida preventiva contra o câncer de próstata.

A obesidade também parece ter uma ligeira influência neste cenário. Alguns estudos demonstram que homens obesos não têm chances aumentadas de desenvolver o câncer de próstata, mas podem ser acometidos por um quadro mais agressivo. Embora as razões para esta relação ainda sejam desconhecidas, acredita-se que elas possam estar associadas aos danos que a obesidade causa ao corpo.

Além disso, o consumo excessivo de álcool e cigarro pode estar associado à maior predisposição para desenvolver um grau mais avançado de mortalidade, elevando o risco de morte pela doença. Mas esta também é uma questão que ainda precisa ser confirmada e mais bem verificada.

Por que devemos falar sobre saúde do homem?


Um levantamento realizado recentemente pela SBU mostrou o que muita gente já sabe: as mulheres cuidam mais da saúde do que os homens. Baseado em dados do Ministério da Saúde, o estudo apontou que, em oito meses de 2022, mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos foram registrados por ginecologistas no Sistema Único de Saúde (SUS), contra apenas 200 mil consultas de homens no urologista. O número do universo masculino é seis vezes menor do que o feminino.

Por que isso acontece? Questões culturais. Os homens são historicamente mais negligentes com a própria saúde e diversos motivos são apontados para isso. Não demonstrar sinais de fraqueza — e isso inclui ficar doente — é um deles. Outro é a falta de incentivo ao longo de toda a vida. Diferente das mulheres, que vão ao ginecologista na adolescência e passam por várias consultas durante a maternidade, a população masculina se acostumou a procurar ajuda médica só quando o problema já está instalado.

Esse comportamento leva a outro dado preocupante: os homens vivem em média sete anos a menos que as mulheres no Brasil, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não foi por acaso que, em 2009, o Ministério da Saúde implementou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem para promover ações de saúde voltadas para este público.

Aproximar os homens dos consultórios médicos é um dos principais focos das instituições e autoridades de saúde no mundo inteiro. Só assim é possível prevenir o desenvolvimento de doenças graves, como, por exemplo, o câncer de próstata. Os homens precisam aprender a prestar mais atenção no próprio corpo e ficar atento aos sinais que ele envia. O cuidado deve ser diário.

Como prevenir o câncer de próstata?


Não há muito mistério quando o assunto é a prevenção do câncer de próstata. Para evitar o desenvolvimento da doença — ou, ao menos, reduzir consideravelmente a sua probabilidade —, basta focar na adoção de hábitos de vida mais saudáveis. Os efeitos podem ser percebidos, inclusive, em homens com idade avançada ou histórico familiar de câncer de próstata.

Esses hábitos saudáveis podem incluir, por exemplo:

  • alimentação saudável, com baixo teor de gordura e rica em vitaminas, minerais, frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas e com redução de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas;

  • atividades físicas regulares, que diminuem o risco de desencadear o funcionamento anormal das células;

  • controle do peso corporal;

  • redução do tabagismo e do consumo de bebidas alcoólicas;

  • consultas médicas de rotina e exames preventivos regulares.


Outra boa forma de prevenir o câncer de próstata é o próprio diagnóstico precoce. Às vezes, não há como evitar o aparecimento da doença, mas é possível intervir e frear o seu avanço. E por se tratar de uma doença silenciosa e traiçoeira, que demora a apresentar sintomas, isso só pode ser feito por meio de consultas médicas periódicas.

O diagnóstico precoce não só é um fator que aumenta as chances de cura, como também evita tratamentos muito invasivos e com efeitos colaterais mais agudos. Por isso, fique atento à regularidade dos seus exames preventivos e à frequência do acompanhamento médico.

Como é diagnosticado o câncer de próstata?


A identificação do câncer de próstata é possível por meio de dois exames: o exame de toque retal e o Antígeno Prostático Específico (PSA). Esses dois exames juntos conseguem identificar 80% dos casos de neoplasia de próstata.

O exame de toque é um dos principais motivos que afastam os homens dos consultórios médicos. Mas, ao contrário do que se pensa, ele é praticamente indolor e dura poucos segundos. No procedimento, o médico verifica o tamanho e a consistência da próstata através do toque e também se existem lesões palpáveis ali. O desconforto, no entanto, só virá se ela estiver inflamada, pois pode estar maior e mais dura.

O exame para identificação de Antígeno Prostático Específico (PSA) nada mais é do que um exame de sangue, quanto maior for a sua concentração, maior a chance de o homem estar com algum tumor. Um resultado considerado normal apresenta valores menores do que 4 ng/mL.

O aumento da próstata, no entanto, nem sempre pode ser um indicativo de câncer na região. Na maioria dos casos, isso faz parte de um processo natural do envelhecimento e ocorre de forma lenta, o que não oferece riscos à saúde do homem. Ainda assim, é preciso acompanhamento para evitar que o quadro não evolua para um tumor maligno.

O que é PSA?


A sigla PSA vem do termo inglês Prostate-SpecificAntigens, que significa Antígeno Prostático Específico. O exame em si, é realizado através de uma amostra de sangue colhida e enviada a um laboratório de análises que verifica a quantidade de antígenos na corrente sanguínea. Essa substância são proteínas que têm função de enzima e costumam ser produzidas pela próstata, mas que começam a apresentar alterações que podem estar associadas ao surgimento de alguma doença.

O exame, portanto, tem a função de ajudar nesse diagnóstico, pois é capaz de medir os níveis de PSA no sangue, através de uma simples análise sanguínea que pode apontar se a alteração desse antígeno. Mas ele não é utilizado somente como um marcador do câncer de próstata, ele também pode indicar outras doenças que acometem aquela glândula, como a prostatite (que é a infecção ou a inflamação da próstata e das áreas ao seu redor) e a hiperplasia benigna da próstata (que é o crescimento benigno dessa glândula), por exemplo.

O resultado do exame é medido em valores (no caso, unidades de nanogramas por mililitro), que ajuda a quantificar a amostra. Quando são inferiores a 4,0 ng/mL, os níveis de PSA são considerados normais. Já aqueles que ficam entre 4 ng/mL e 10 ng/mL são de difícil avaliação – por isso chamados de “zona cinzenta”. Eles podem ser encontrados em doenças benignas, como a hipertrofia prostática, por exemplo. Por outro lado, quando os níveis de PSA são maiores do que 10 ng/mL, o risco de câncer de próstata se torna elevado.

Quando essa alteração do sangue é detectada, outros procedimentos diagnósticos passam a ser necessários para investigar o que está levando à alteração na próstata – já que as variações nos valores de PSA podem ser causadas por diversas situações, como a idade, o uso de alguns medicamentos e, até mesmo, o hábito de andar de bicicleta com muita frequência, por exemplo. Assim, para confirmar o diagnóstico, entra em cena a chamada biópsia prostática

A biópsia é um procedimento que remove pequenas amostras e fragmentos do tecido da próstata, o que é essencial para identificar as alterações no tamanho e na estrutura da glândula. O exame pode ser feito de duas formas: transretal (feito com uma agulha oca que é inserida através do reto para dentro da próstata) e por via transperineal (em que a agulha é inserida na próstata através da pele, na área conhecida como o períneo).

Como se preparar para realizar o teste de PSA?


A análise do PSA é feita a partir de uma amostra de sangue.

Para este exame, o homem deve se abster de ter relações sexuais nas 48 horas anteriores à coleta de sangue e não ter ejaculado nesse período. Além disso, também é indicado não fazer exercícios físicos que causem impacto no períneo, como andar de bicicleta, de motocicleta e de cavalo ou fazer viagens de carro prolongadas nas últimas 48 a 72 horas anteriores. Não é necessário estar em jejum para realizar o procedimento.

A coleta é feita através da punção de uma veia periférica e demora de cinco a dez minutos para ser concluída. A amostra colhida é enviada a um laboratório para análise e para a realização das medições.

PROX PSA: Quais as principais vantagens do teste da Proxima?


Existem, hoje, inúmeras maneiras de se realizar o teste PSA. Mas o que nem todo mundo sabe é que o acesso a este procedimento é muito mais fácil do que se imagina. O PROX PSA, da Proxima, por exemplo, é um teste rápido e pode ser encontrado em qualquer farmácia parceira. O resultado sai em apenas cinco minutos.

A praticidade do teste PROX PSA vem aliada com a confiabilidade: o procedimento oferece ao paciente um resultado com sensibilidade e especificidade de 99%. Ele faz a detecção semiquantitativa de PSA em amostra de sangue total, soro e plasma humano.

Mas não se engane: o PROX PSA não se trata de um autoteste. Ele precisa ser realizado por um profissional capacitado, como o próprio farmacêutico, que é quem está preparado para manusear corretamente os instrumentos.

Os testes da Proxima


A Proxima faz parte da Vyttra Diagnósticos, empresa com mais de 30 anos de experiência na fabricação e distribuição de equipamentos e reagentes para o mercado de diagnóstico in vitro. O compromisso do grupo é democratizar o acesso aos diagnósticos, entregando soluções precisas, rápidas e assertivas de forma prática e segura.

Além do PROX PSA, a Proxima também desenvolve testes de detecção da dengue, Covid-19 e também do vírus HIV tipo 1, tipo 2 e subtipo O, entre outros.

Quer saber mais sobre as soluções desenvolvidas pela Proxima? Então, acesse o nosso site e conheça o nosso trabalho!

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